Vacina contra bronquiolite para bebês chega ao sus em dezembro
Gestantes poderão receber, a partir de dezembro, a vacina contra o vírus sincicial respiratório (VSR), principal causador da bronquiolite em bebês, através do Sistema Único de Saúde (SUS). A oferta do imunizante é destinada a mulheres grávidas a partir da 28ª semana de gestação.
O primeiro lote, composto por 673 mil doses da vacina, já começou a ser distribuído para os estados. A orientação é que, com a chegada das doses às unidades básicas de saúde (UBS), as equipes de saúde verifiquem e atualizem a situação vacinal das gestantes, incluindo a imunização contra a covid-19 e a influenza, uma vez que a vacina contra o VSR pode ser administrada juntamente com outras vacinas.
A bronquiolite é causada principalmente por infecções virais, sendo o VSR o agente infeccioso mais comum. A doença afeta principalmente crianças menores de 2 anos, causando dificuldades respiratórias, febre e tosse.
A vacina oferecida às gestantes proporciona proteção imediata aos recém-nascidos, reduzindo a necessidade de hospitalizações quando os bebês são infectados pelo vírus sincicial. Estudos demonstraram que a vacinação materna apresenta uma eficácia de 81,8% na prevenção de doenças respiratórias graves causadas pelo VSR nos bebês durante os primeiros 90 dias após o nascimento.
Todas as gestantes a partir da 28ª semana de gravidez podem se vacinar, sem restrição de idade. A recomendação é que a dose única seja tomada a cada nova gestação.
O vírus sincicial respiratório é responsável por cerca de 75% dos casos de bronquiolite e por 40% dos casos de pneumonia em crianças de até 2 anos. Em 2025, até 15 de novembro, foram registrados 43,1 mil casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) causados por VSR no Brasil, sendo que 82,5% desses casos ocorreram em crianças menores de 2 anos.
Como a maioria dos casos de bronquiolite é provocada por infecção viral, não há tratamento específico para a doença. O tratamento se baseia no alívio dos sinais e sintomas, incluindo terapia de suporte, suplementação de oxigênio, hidratação e uso de broncodilatadores, especialmente quando há chiado evidente.

