Veículos elétricos devem dominar o mercado brasileiro até 2040

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O mercado de veículos eletrificados no Brasil tem demonstrado um crescimento notável. Entre janeiro e setembro deste ano, foram comercializadas 147.602 unidades, representando um aumento de 20,4% em comparação com o mesmo período do ano anterior. Em setembro, a participação de mercado desses modelos alcançou 9,3%.

Esse aumento contínuo na demanda sugere uma transformação significativa na matriz energética do país nos próximos anos. Uma pesquisa recente projeta um futuro onde os veículos eletrificados terão um papel predominante nas estradas brasileiras.

O levantamento estima que, até 2040, o Brasil poderá ter mais de 35 milhões de veículos eletrificados em circulação. Essa projeção indica um crescimento anual médio nas vendas de até 106% entre 2022 e 2029.

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Essa expansão do mercado de veículos elétricos terá um impacto direto na redução do consumo de combustíveis fósseis. A expectativa é que, até 2030, o consumo de gasolina diminua em 8 bilhões de litros e o de diesel, em 6 bilhões de litros. Olhando para 2040, a economia poderá atingir 37 bilhões de litros de gasolina e 41 bilhões de litros de diesel, representando 59% e 66% da demanda atual, respectivamente.

Além do impacto no consumo de combustíveis, analistas preveem um aumento na produção local de veículos elétricos e a entrada de novas montadoras no mercado brasileiro. Essa tendência pode consolidar o Brasil como um importante exemplo global no processo de eletrificação automotiva.

O relatório também aponta para um crescimento expressivo em outros segmentos. Projeta-se um aumento de 100% nas vendas de caminhões leves e ônibus elétricos em 2028. Em 2030, o avanço nas vendas de caminhões pesados deve ser de 79%, e nos veículos de passeio, de 47%. A participação de mercado desses segmentos em 2040 deve alcançar 97% e 66%, respectivamente.

As projeções indicam que, em sete anos, 26% da frota de caminhões leves e ônibus já será eletrificada, assim como 11% dos carros de passeio e 80% dos caminhões pesados. Para 2040, a expectativa é que essa participação suba para 65%, 51% e 37%, respectivamente.

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