Vereador desliga ar da Câmara após votação contra ar condicionado nas escolas
Vereador de Araraquara desliga ar da Câmara em protesto após projeto de ar condicionado nas escolas ser rejeitado, gerando debate e repercussão nas redes.

O clima político e a temperatura subiram na Câmara Municipal de Araraquara após uma atitude inusitada do vereador Guilherme Bianco (PCdoB). Em protesto contra a rejeição de um projeto que previa a instalação de aparelhos de ar condicionado nas escolas públicas da cidade, o parlamentar decidiu desligar o ar da Câmara, gerando grande repercussão entre os colegas e nas redes sociais.
Bianco justificou a ação como uma forma simbólica de demonstrar o que professores, alunos e funcionários enfrentam diariamente nas salas de aula sem ventilação adequada. Segundo o vereador, o calor nas escolas chega a níveis insuportáveis, especialmente durante os períodos mais quentes do ano, afetando diretamente o bem-estar e o aprendizado dos estudantes. “Presidente, desliguem os ar condicionados aqui para ver se o líder do governo consegue trabalhar com 40 °C. Assim talvez entendam o que nossas crianças passam todos os dias”, declarou durante a sessão.
O protesto dividiu opiniões no plenário. Enquanto alguns vereadores consideraram a atitude exagerada, outros reconheceram a importância de discutir as condições estruturais das escolas municipais. Bianco, em seu discurso, criticou a postura de parte da Câmara, que, segundo ele, votou alinhada aos interesses do Executivo, deixando de lado as necessidades da comunidade escolar. “Para quem não entendeu, não se trata de ser contra o prefeito, mas de defender o direito básico de nossas crianças e professores a um ambiente digno de aprendizado”, afirmou.
Nas redes sociais, a atitude do parlamentar teve grande repercussão. Diversos internautas elogiaram o gesto e destacaram que o ar condicionado nas escolas é uma questão de saúde pública e conforto térmico, não um luxo. Outros aproveitaram para cobrar mais sensibilidade dos vereadores que votaram contra o projeto, lembrando que as ondas de calor têm sido cada vez mais intensas e frequentes.
Bianco afirmou ainda que pretende reapresentar o projeto em uma nova versão, buscando sensibilizar os colegas sobre a urgência da climatização nas unidades de ensino. Ele defende que a medida deve ser tratada como prioridade na gestão municipal, argumentando que o calor excessivo interfere na concentração, na produtividade e na saúde das crianças e profissionais da educação.
A polêmica trouxe à tona um debate mais amplo sobre infraestrutura escolar, condições de trabalho e qualidade do ensino público. Enquanto o ar da Câmara permanece ligado novamente, a discussão sobre o ar nas escolas promete continuar acalorando os ânimos políticos em Araraquara.