Você sabe o que realmente tem dentro da sua gelatina?

Descubra se a gelatina é realmente saudável ou apenas um doce ultraprocessado disfarçado de leveza.

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A gelatina é um daqueles alimentos que quase todo mundo já comeu — seja na infância, como sobremesa colorida, ou no hospital, servida após uma refeição leve. Mas, afinal, será que a gelatina faz bem ou é apenas mais um doce ultraprocessado disfarçado de saudável? A resposta pode surpreender quem acredita que ela é uma fonte poderosa de proteína ou colágeno.

Muitos veem a gelatina como uma aliada das dietas por ser leve, refrescante e conter poucas calorias. Outros apostam que ela ajuda na saúde da pele e das articulações, graças ao famoso colágeno. Mas quando olhamos de perto a composição, o cenário muda. A maioria das gelatinas encontradas nos supermercados é feita a partir de colágeno animal, extraído de ossos e pele de bois. Esse processo envolve a fervura e a quebra das proteínas, que, ao esfriar, ganham a consistência que todos conhecemos.

Apesar disso, a quantidade de proteína que chega ao prato é mínima. Em média, uma porção de gelatina pronta tem cerca de 1,5 gramas de proteína, o mesmo que um tomate ou três biscoitos recheados. Isso significa que, apesar de conter colágeno, a gelatina não é uma fonte significativa de proteínas. Além disso, ao ser digerido, o colágeno se transforma em aminoácidos e é usado pelo corpo conforme a necessidade, sem garantia de que vá parar na pele ou nas articulações.

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Outra questão importante está nos ingredientes adicionais. A gelatina colorida e saborizada, típica das sobremesas, contém açúcar, corantes e aromatizantes artificiais. Em geral, o primeiro ingrediente listado é justamente o açúcar, o que já indica que ele é o componente em maior quantidade. Ainda assim, a sobremesa continua sendo leve: cada porção tem cerca de 18 calorias, o que explica por que ela é tão comum em hospitais e dietas de emagrecimento.

Há também as versões zero ou diet, que substituem o açúcar por adoçantes artificiais e têm aproximadamente 7 calorias por porção. No entanto, pagar o dobro do preço por poucas calorias a menos pode não ser vantajoso. Já a gelatina incolor e sem sabor, usada em receitas, tem um teor maior de proteína — cerca de 3 gramas por porção — mas perde o atrativo do sabor e, ao ser misturada com leite condensado ou açúcar, acaba perdendo o benefício calórico.

Em resumo, a gelatina não é um alimento milagroso, mas também não é uma vilã. É uma sobremesa leve, de baixo valor calórico, ideal para quem quer matar a vontade de doce sem exagerar nas calorias. Contudo, acreditar que ela vai trazer grandes benefícios à pele ou às articulações é um engano. O ideal é encará-la como um doce leve, e não como um suplemento nutricional.

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