Produtores rurais apostam na regeneração do solo 

Produtores rurais investem na regeneração do solo para reduzir custos e aumentar a produtividade. Itaúba (MT) é destaque nessa transformação. 

O Grupo Biancon, em Itaúba, Mato Grosso, aposta há cinco anos na agricultura regenerativa. O objetivo: produzir mais e depender menos de insumos importados.

Em 2020, o grupo arrendou uma fazenda de 22 mil hectares. Hoje, combina lavoura e pecuária de forma integrada, tornando a produção mais sustentável e lucrativa. 

Expansão das operaçõe

A fazenda passou de 3 mil para 7 mil hectares de lavoura. O rebanho também cresceu: agora são 8 mil cabeças de gado, contra 2 mil em 2020. 

O Grupo Biancon foi pioneiro no programa Reverte, da Syngenta e Itaú BBA. O projeto já financiou mais de R$ 2 bilhões e 200 mil hectares em práticas regenerativas no Brasil. 

Em 2020, o grupo investiu US$ 500 por hectare para converter 4 mil hectares de pasto em cultivo. O financiamento oferece 3 anos de carência e 10 anos para pagamento. 

Hoje, a produção inclui soja, milho e algodão. São mais de 1,5 milhão de sacas de soja e 1,3 milhão de milho por safra. A integração aumenta o rendimento em até 8 sacas por hectare. 

O grupo usa resíduos de milho e caroço de algodão para alimentar o gado. Além disso, investe em compostagem e na cama de frango como adubo natural rico em nitrogênio. 

Sustentabilidade e adubação orgânica 

Com a adubação orgânica, o uso de fertilizantes minerais caiu 15%. A economia chega a 12% nos custos de produção em algumas áreas. 

O grupo planeja chegar a 15 mil cabeças de gado nos próximos cinco anos. A prática regenerativa fortalece o solo e garante maior estabilidade econômica

Com 45 mil hectares cultivados, o Grupo Biancon prova que regenerar o solo é regenerar o futuro. Menos dependência, mais sustentabilidade e produtividade.