Crédito do trabalhador impulsiona economia com injeção de R$68,6 bilhões
O programa Crédito do Trabalhador, lançado em março de 2025, emergiu como um catalisador econômico significativo, injetando R$ 68,6 bilhões na economia em apenas seis meses. Essa iniciativa reformulou o acesso a empréstimos consignados para trabalhadores com carteira assinada.
Substituindo o antigo modelo de crédito privado que vigorava desde 2005, o programa é operado digitalmente através do aplicativo Carteira de Trabalho Digital. Essa abordagem abriu as portas do crédito a milhões de brasileiros, que antes não tinham acesso a esse tipo de benefício.
Dados recentes do Banco Central indicam um crescimento expressivo no volume de empréstimos concedidos através do Crédito do Trabalhador. Em um ano, o valor mensal de liberações aumentou 82%, saltando de R$ 1,7 bilhão para R$ 6 bilhões.
Mais de 6,4 milhões de trabalhadores já foram beneficiados, resultando em 10,7 milhões de contratos ativos. O valor médio das operações é de R$ 6,4 mil, com parcelas mensais de aproximadamente R$ 276, pagas em até 23 vezes. Esse desempenho destaca o potencial do crédito consignado como ferramenta de inclusão financeira.
Um diferencial crucial do programa é a taxa de juros reduzida. O desconto das parcelas diretamente na folha de pagamento diminui o risco de inadimplência, permitindo que os bancos ofereçam condições mais vantajosas.
Especialistas afirmam que o modelo facilita a reorganização da vida financeira dos brasileiros, permitindo a troca de dívidas caras por outras mais baratas, aliviando o orçamento e aumentando a segurança no planejamento.
Uma pesquisa aponta que 56% dos trabalhadores CLT estão endividados e 47% estimam que levarão mais de um ano para quitar suas dívidas. A conscientização sobre o uso responsável do crédito é crucial para o sucesso do programa.
Desde agosto, mais de 4 milhões de contratos antigos estão sendo migrados para a nova plataforma digital, com previsão de conclusão em outubro. A migração representa uma nova era na contratação de crédito. Através da Carteira de Trabalho Digital, o trabalhador pode comparar propostas, autorizar empréstimos e acompanhar seus contratos de forma transparente.
A digitalização acelera as análises e liberações de crédito, elimina a burocracia presencial, oferece mais controle sobre taxas e prazos, e garante segurança através dos sistemas oficiais do governo. A digitalização também aumenta a concorrência entre instituições financeiras, tendendo a reduzir os juros médios cobrados no consignado CLT.
O processo de contratação é simples e 100% digital, facilitando o acesso para trabalhadores com carteira assinada no setor privado. O trabalhador acessa o aplicativo Carteira de Trabalho Digital, autoriza o compartilhamento de dados, aguarda o envio de propostas pelos bancos, compara as ofertas e seleciona a que oferece o menor juros. As parcelas são descontadas diretamente em folha de pagamento, podendo comprometer até 35% da renda mensal. É possível usar 10% do FGTS como garantia e 100% da multa rescisória. O trabalhador tem 7 dias para desistir do contrato e devolver o valor recebido.
Muitos trabalhadores estão buscando portabilidade de crédito para bancos que oferecem condições mais atrativas. O trabalhador verifica se o novo banco trabalha com o consignado CLT, solicita a portabilidade pelos canais digitais da instituição ou pelo aplicativo da Carteira de Trabalho Digital. O novo banco quita a dívida anterior e assume o crédito, com novos prazos e juros menores.
O Procon-SP recomenda atenção redobrada antes de assinar qualquer contrato, avaliando se o empréstimo é necessário, verificando se as parcelas cabem no orçamento, analisando o impacto de uma eventual demissão, comparando as taxas de juros e desconfiando de cobranças adicionais. A contratação deve ser feita exclusivamente pelos canais oficiais do banco, após o recebimento da proposta pelo aplicativo da Carteira de Trabalho Digital.
Em seis meses, o programa já superou o volume acumulado em 20 anos do modelo anterior. A expansão reflete o aumento da oferta de crédito e uma mudança cultural no acesso a serviços financeiros, oferecendo uma alternativa justa e transparente. A injeção de R$ 68,6 bilhões estimula o consumo e contribui para o crescimento do PIB.
O programa amplia as oportunidades de crédito e reduz desigualdades no acesso a recursos.
O Ministério da Fazenda estuda novas funcionalidades para o sistema, como a integração com programas de educação financeira e alertas automáticos sobre endividamento. Espera-se que sejam lançados relatórios de transparência com informações detalhadas sobre os contratos e o perfil dos beneficiados.



