Seguro-desemprego: cinco dicas para maximizar o benefício e planejar o futuro

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O seguro-desemprego, um importante suporte financeiro para trabalhadores em transição, exige planejamento cuidadoso para garantir estabilidade durante a busca por uma nova colocação. Em novembro de 2025, o benefício, atrelado às regras de elegibilidade e ao salário mínimo de R$ 1.518,00, representa uma oportunidade para organizar as finanças e evitar o endividamento.

Para transformar o seguro-desemprego em um verdadeiro Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT) pessoal, protegendo seu futuro financeiro, confira cinco dicas estratégicas:

1. Entenda o Cálculo e o Prazo: O valor do seguro-desemprego é calculado com base na média dos três últimos salários, respeitando um teto máximo definido pelo Governo Federal. O número de parcelas, variando de 3 a 5, depende do tempo de trabalho formal nos últimos 36 meses. É crucial conhecer o valor exato das parcelas e a data de recebimento da última para evitar gastos desnecessários e planejar a recolocação profissional dentro desse período.

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2. Crie um Orçamento de Sobrevivência: Trate o seguro-desemprego como um “salário de subsistência”, priorizando despesas essenciais. Classifique os gastos em essenciais (moradia, alimentação básica, saúde, transporte para buscar emprego), negociáveis (contas de consumo, mensalidades, lazer) e supérfluos (compras por impulso, delivery, streaming, lazer não essencial), cortando os últimos imediatamente. Este é o momento ideal para renegociar dívidas de alto custo, como cartão de crédito e cheque especial, utilizando as primeiras parcelas como entrada e buscando taxas de juros mais baixas.

3. Proteja o Capital: Não deixe o dinheiro do seguro-desemprego parado ou misturado com outros saldos. Deposite-o em uma conta digital ou de investimento com liquidez diária e rendimento de 100% do CDI, como a NuConta ou um CDB de resgate imediato. O CDI garante a manutenção do poder de compra e o acesso imediato aos recursos via Pix ou transferência. Separe o valor de cada parcela em uma “Caixinha” ou poupança específica, liberando o dinheiro apenas quando necessário para evitar gastos antecipados.

4. Invista na Qualificação: Utilize parte do benefício para cursos técnicos, profissionalizantes ou bootcamps na sua área de interesse. O investimento em capital humano oferece um dos maiores retornos financeiros, podendo ser o diferencial para conseguir um novo emprego com salário mais alto. Se elegível ao PIS/PASEP 2025 (referente ao ano-base 2023), utilize esse valor complementar para qualificação, preservando o seguro-desemprego para despesas básicas.

5. Fiscalize o Saque: Solicite o benefício online, via aplicativo Carteira de Trabalho Digital ou portal gov.br, dentro do prazo estabelecido após a demissão. Verifique se o empregador deu baixa correta no eSocial e forneceu o Requerimento do Seguro-Desemprego (SD) e o Termo de Rescisão de Contrato de Trabalho (TRCT). Mantenha o aplicativo atualizado e o e-mail cadastrado ativo para receber notificações do MTE. O saque é feito mediante o Código de Saque e o número do PIS/PASEP, geralmente depositado em contas da Caixa Econômica Federal ou sacado com o Cartão Cidadão nas lotéricas.

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Seguindo essas dicas, o seguro-desemprego se torna um escudo financeiro eficaz, transformando o período de transição em um tempo de planejamento e investimento no futuro.

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