Você ganha bem, mas vive endividado? Descubra o motivo

Mesmo quem ganha muito pode viver endividado. Entenda como o comportamento e as escolhas financeiras afetam o controle do dinheiro.

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Muitas pessoas acreditam que ganhar mais dinheiro é o caminho mais rápido para resolver todos os seus problemas financeiros. No entanto, a realidade mostra que o aumento da renda, quando não acompanhado de planejamento e controle, pode se transformar em um verdadeiro pesadelo. Essa armadilha é chamada de “inflação do estilo de vida” — um comportamento que faz com que as despesas cresçam na mesma proporção (ou até mais) do que os ganhos.

Esse fenômeno é mais comum do que se imagina. Ao conquistar um novo cargo ou receber um aumento, é natural querer melhorar de vida. Trocar o carro, fazer viagens mais caras ou mudar para um bairro melhor parecem decisões lógicas. O problema é que, ao elevar o padrão de consumo sem planejamento, cria-se um efeito cascata de gastos que rapidamente consome todo o ganho extra.

Em pouco tempo, a pessoa que antes se sentia confortável volta a viver no aperto, mesmo com um salário maior.

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Um exemplo simples ajuda a entender. Dois profissionais trabalham no mesmo cargo e ganham exatamente o mesmo salário. Um deles tem as finanças organizadas, consegue fazer viagens e mantém as contas em dia. O outro está sempre com o cartão de crédito estourado e recorrendo ao cheque especial. O que os diferencia? As escolhas financeiras. Enquanto um entende os próprios limites e faz um bom uso do dinheiro, o outro busca sustentar um estilo de vida que não cabe no orçamento.

Em muitos casos, o endividamento não está ligado à falta de renda, mas sim ao comportamento. Há pessoas que ganham R$ 30 mil, R$ 40 mil ou até R$ 50 mil por mês e, mesmo assim, vivem no vermelho. Isso ocorre porque o desejo de manter status e aparência se sobrepõe à racionalidade financeira. Comprar o que não precisa, com dinheiro que não tem, para impressionar quem não se importa é uma das principais causas desse ciclo de dívidas e frustração.

Outra armadilha é acreditar que cortar todos os gastos é a solução. Reduzir custos é importante, mas eliminar completamente atividades que geram bem-estar pode gerar desequilíbrio emocional e levar a recaídas financeiras. O segredo está no equilíbrio: ajustar os gastos sem comprometer a qualidade de vida.

E, quando a situação já está fora de controle, é preciso agir com foco e disciplina. Isso pode envolver vender bens parados, buscar uma renda extra e cortar despesas desnecessárias por um período. O sacrifício temporário é o preço da liberdade financeira.

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No fim das contas, ganhar bem não é sinônimo de estar bem financeiramente. O verdadeiro sucesso está em aprender a administrar o que se tem, mantendo os pés no chão e as contas sob controle.

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